segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

LIBERDADE, MAL-ESTAR ..



Acerca da liberdade originária, Eric Fromm faz menção ao MITO DA HISTÓRIA HUMANA, na qual o homem e a mulher viviam no paraíso, em harmonia perfeita entre eles e com a natureza.
Não havia escolhas a serem feitas.
Por esse motivo, não havia necessidade de cogitar-se da liberdade.
O homem, ao violar a proibição de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, rompe com o estado harmônico com a natureza.
Embora do ponto de vista religioso essa conduta seja considerada pecado, do ponto de vista humano , marca o início da liberdade e o nascimento da razão.
Ao romper com a natureza, o homem vê-se nu e sente vergonha. Está só , livre, porém temeroso e impotente.
Embora livre do " doce cativeiro do paraíso", não é livre para governar-se, para realizar sua individualidade.
Expulso do paraíso o homem torna-se mortal e adquire consciência reflexiva e de sua finitude.
A desobediência à interdição ao fruto proibido simboliza o processo de individualização.
Consciente de sua finitude , o homem tem sua existência dotada de insegurança constante e sensação de desamparo ante ao destino, demonstrando a instabilidade constante na existência humana, como conclui Gilberto Safra , para quem o próprio caminhar " é o desequilibrar-se continuamente".
O ser humano é afetado em cada passo de sua existência.( Marion Minerbo e Oswaldo H. Marques).
Nesse compasso, inserindo-se ai algo bem mais complexo ( logicamente) entra o magnífico texto de Freud  no sentido de apontar a CIVILIZAÇÃO apenas aquilo que diferencia o homem da vida animal.
Na dita "civilização" existe uma OPRESSÃO individual a favor de uma suposta UNIDADE COMUNAL.
A cultura ao não agregar valores individuais se torna supérflua e superficial , pois a invés de manter os homens em cooperatividade harmoniosa , força laços que levam ao mal-estar do indivíduo.
 Vinícios de Azevedo Silva questiona: " se a FELICIDADE é o que todos procuram, por que é tão difícil para o homem ser realmente feliz??
Por que apesar de todo o desenvolvimento tecnológico , há tanto sofrimento e mal-estar na sociedade?
Será que um certo grau de sofrimento e violência é inerente ( natural e incurável) no ser humano??
Vale a pena ler o texto do grande mestre!!!!

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