Eis que aos poucos vem surgindo o
“novo Collor”.
O vivente fala bem, tem postura,
empolgação pelos “ assuntos da pátria” e um misto de simplicidade com o mais
puro requinte. Um sorriso que promete um “mundo encantado”.
Diz que vai mudar os “ rumos do
País” e com pulso firme combater a corrupção e as “ chagas” históricas da
República.
Muito mais que “caçar marajás”
ele vai ser o comandante do “navio da moralidade” a singrar os mares da
honestidade e de uma “ nova forma de fazer política”.
O seu olhar é belo, um verdadeiro
portal onde é possível ver um Brasil alegre: com todos empregados, saúde e
educação com problemas equacionados e o povo com uma alegria nunca antes
sonhada.
Ele é a chave, o código e tem a
capacidade de construir algo novo, pois não faz parte do “grupo podre”, sendo um
homem “incorruptível” e “inconspurcável”. Tem jeito de santo!
E nesse “novo” é possível se
ouvir a música tema do Mágico de OZ, Over The Rainbow:
“Somewhere over the rainbow
Way up high
There's a land that I heard of
Once in a lullaby
Somewhere over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dreamReally do
come true…..”
Dos personagens da literatura
lembra muito o patriota Major Quaresma, de Lima Barreto e mais ainda o Cândido,
de Voltaire, cujo protagonista é levado por leituras alienadoras a construir
uma visão de mundo ilusória e otimista demais.
Confesso que tenho medo do “ novo
Collor”.
Ele é extremamente mais sedutor que
a versão original e com uma tecnologia de marketing que antes não existia.
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