Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.
qual a razão última dessa mania de maledicência?
é um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.
diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.
a imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
qual a razão última dessa mania de maledicência?
é um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.
diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.
a imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.
são como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.
quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.
quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.
quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.
as nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.
falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algo parecido com whisky, gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.
a palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.
poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras.
fala-se muito por falar, para “matar tempo”. a palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.
semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.
falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano.
falando, não há muito, hitler hipnotizou multidões, enceguecidas, que se atiraram sobre outras nações, transformando-as em ruínas.
guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra.
há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.
há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. são enfermos em demorado processo de reajuste.
portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
pense nisso!
desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.
evitemos a censura.
a maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.
se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente.
toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.
enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.
porque, de acordo com o evangelho de lucas, “a boca fala do que está cheio o coração”.
(texto extraído do livro “a essência da amizade” – huberto rohden* – editora martin claret).
maledicência – não fales mal de ninguém
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