A “ tristeza virtual” em alguns momentos é imensamente maior
que a real.
Se no mundo virtual demonstramos nossas qualidades e
alegrias, também cresce parelho o sentimento de dor quando recordamos a
trajetória ou o histórico de quem não mais está entre nós.
Como é triste ver o Facebook ou o endereço virtual de quem
partiu. Suas alegrias, mensagens, suas fotos com familiares e a troca de
elogios com inúmeros amigos, namorados e pessoas de sua intimidade e relação.
Ficam ali plasmados os registros vivos de várias expressões
faciais, destacando aquele mágico e belo sorriso que só existirá nesse lugar.
Ficam registradas todas as conquistas e o momento exato daquela alegria contagiante que é por si só irrepetível.
Ao revisitar a página de quem se foi, parece que a alma ou o
espírito dessa pessoa passa a se comunicar também nesse arquivo que ficou.
Dá a nítida impressão que a pessoa falecida ficará recordando os momentos de alegria e o desencadear de
acontecimentos inesquecíveis que ficarão para sempre nos corações de cada um
que participou. É quase impossível acreditar que a conexão terminará.
Ali, o amor que existiu prossegue vivo. Notavelmente vivo.
Santo Agostinho, em alguma
de suas veneráveis poesias, tem uma passagem que afirma:
“ A vida significa tudo
o que ela sempre
significou,
o fio não foi
cortado.
Porque eu estaria
fora
de seus
pensamentos,
agora que estou
apenas fora
De suas vistas?
Eu não estou
longe,
apenas estou
do outro lado do
Caminho...
Você que aí ficou,
siga em frente,
a vida continua,
linda e bela”
como sempre foi.
De fato
O fio realmente não foi cortado, quem foi para o outro lado
do caminho: permanece vivo nas boas recordações que ficaram.
E só assim, a vida continua linda e bela.
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