segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A FACE INCONTROLÁVEL


                                              


       Existe uma face incontrolável que faz uma gama enorme de seres humanos rumarem diretamente para o abismo das tragédias, dores e dissabores amiúde anunciados.
As campanhas de conscientização infelizmente não os alcançam guiados que estão pela cegueira inconsequente de seus comportamentos.
Cegueira essa que acaba enlutando muitas famílias e causando um sofrimento profundo nos que não entendem como um ser humano pode manter uma incompreensível persistência em algo que o levará a uma fatalidade ou a um quadro crônico de tristezas.
E essa face incontrolável que “explica não explicando” o uso de drogas, bebidas alcóolicas como se fosse algo imprescindível para a “ verdadeira diversão” ou como dizem alguns jovens: “ para curtir a vida” em sua plenitude.
E a morte, essa víbora implacável enche balaios dessas vítimas que fazem questão de estabelecer um diálogo constante com ela.
Em acidentes graves de trânsito, em distúrbios psicológicos que são dimensionados e desencadeados e nas demais tragédias cotidianas, ela (a morte) faz a sua farta colheita.
E a vida real se transforma em um palco diário do desenrolar de tragédias onde a plateia ( os que sobrevivem) restam prostrados diante da inútil vontade de transformar aquilo que é imodificável e que se repete sem cessar.
O grande escritor Guimarães Rosa afirmou que viver era muito perigoso.
E fica trágico quando não se tem o mínimo de cuidado com a vida.
E como nos dizia o filósofo Arthur de Shopenhauer : em geral, chamamos de destino as asneiras que cometemos.
Triste constatação.


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