Existe uma face incontrolável que faz
uma gama enorme de seres humanos rumarem diretamente para o abismo das
tragédias, dores e dissabores amiúde anunciados.
As campanhas de conscientização infelizmente
não os alcançam guiados que estão pela cegueira inconsequente de seus
comportamentos.
Cegueira essa que acaba enlutando
muitas famílias e causando um sofrimento profundo nos que não entendem como um
ser humano pode manter uma incompreensível persistência em algo que o levará a
uma fatalidade ou a um quadro crônico de tristezas.
E essa face incontrolável que “explica
não explicando” o uso de drogas, bebidas alcóolicas como se fosse algo
imprescindível para a “ verdadeira diversão” ou como dizem alguns jovens: “
para curtir a vida” em sua plenitude.
E a morte, essa víbora implacável
enche balaios dessas vítimas que fazem questão de estabelecer um diálogo
constante com ela.
Em acidentes graves de trânsito,
em distúrbios psicológicos que são dimensionados e desencadeados e nas demais
tragédias cotidianas, ela (a morte) faz a sua farta colheita.
E a vida real se transforma em um
palco diário do desenrolar de tragédias onde a plateia ( os que sobrevivem)
restam prostrados diante da inútil vontade de transformar aquilo que é
imodificável e que se repete sem cessar.
O grande escritor Guimarães Rosa
afirmou que viver era muito perigoso.
E fica trágico quando não se tem
o mínimo de cuidado com a vida.
E como nos dizia o filósofo
Arthur de Shopenhauer : em geral, chamamos de destino as asneiras que
cometemos.
Triste constatação.
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