sexta-feira, 24 de maio de 2013

SERENIDADE.



A serenidade Divina invade-me após o cumprimento dos deveres. 

Compreendo a minha responsabilidade no conjunto da vida em que me encontro e desligo-me dos conflitos. 

Lúcido, avanço, passo a passo, na conquista da consciência e harmonizo-me, integrando-me no conjunto da obra de Deus. 

Sereno e confiante, nada de mal me atinge. 

* * * 

A serenidade é pedra angular das edificações morais e espirituais da criatura humana, sem a qual muito difíceis se tornam as realizações. 

Resulta de uma conduta correta e uma consciência imparcial, que proporcionam a visão real dos acontecimentos, bem como facultam a identificação dos objetivos da vida, que merecem os valiosos investimentos da existência corporal. 

A serenidade é o estado de consentimento entre o dever e o direito, que se harmonizam a benefício do indivíduo. 

Quando se adquire a consciência asserenada, enfrenta-se toda e qualquer situação com equilíbrio, nunca se permitindo desestruturar. 

As ocorrências, as pessoas e os fenômenos existenciais são considerados nos seus verdadeiros níveis de importância, não se tornando motivo de aflição, por piores se apresentem. 

A pessoa serena é feliz, porque superou os apegos e os desapegos, a ilusão e os desejos, mantendo-se em harmonia em qualquer situação. 

Equilibrada, não se faz vítima de extremos, elegendo o “caminho do meio” como decisão firme, inquebrantável. 

* * * 

A serenidade não é quietação exterior, indiferença, mas, plenitude da ação, destituída de ansiedade ou de receio, de pressa ou de insegurança. 

Jesus, no fragor de todas as batalhas, no expressivo poema das bem-aventuranças ou sendo crucificado, manteve a serenidade, embora de maneiras diferentes, destemido e seguro de si mesmo, com absoluta confiança em Deus. 

Os mártires conheceram a serenidade que o ideal lhes deu, em todas as áreas nas quais lutaram, e, por isso mesmo, não foram atingidos pela impiedade, nem pela perseguição dos maus. 

A serenidade provém, igualmente, da certeza, da confiança no que se sabe, se faz e se é. 

Assim, estudemos a nós mesmos e nos amemos, elegendo o melhor, o duradouro para os nossos dias, e nunca recuaremos. 

No entanto, se errarmos, se nos comprometermos, se nos arrependermos, antes que a culpa nos perturbe, refaçamos o equívoco, recuperando-nos e reconquistando a serenidade

Sem ela, experimentaremos sofrimentos que poderíamos evitar, e que nos impedem o avanço. 

Serenidade é vida. 

* * * 

A serenidade Divina invade-me após o cumprimento dos deveres. 

Compreendo a minha responsabilidade no conjunto da vida em que me encontro e desligo-me dos conflitos. 

Lúcido, avanço, passo a passo, na conquista da consciência e harmonizo-me, integrando-me no conjunto da obra de Deus. 

Sereno e confiante, nada de mal me atinge.
Joana de Angelis

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