
O já famoso Deputado Marcos Feliciano (PSC-SP) levantou um
debate considerado superado. Causou (mais uma vez) hercúlea polêmica entre os
considerados entendidos e um cômico debate entre os mais ignorantes no assunto.
O Juca M. Alves ( integrante do segundo grupo, segundo alguns) acha que existem sim os “ Ex-gays” e que
portanto os que “ainda são gays” podem sim ser curados.
Disse ter conhecido um
sujeito que havia cansado de ser gay e tinha retornado ao posto de homem (
homem aqui no sentido heterossexual).
Argumenta que é possível um tratamento, principalmente
naqueles que foram homens (tiveram mulher e filhos) e que por um possível" curto-circuito de conduta" de uma hora pra outra “descobriram” que gostavam era
de pessoas do mesmo sexo.
O Juca acha que os que foram tem o direito de voltar e isso
de dizer que quem vai nunca pode voltar é outra forma de discriminação que ele
denomina de CURAFOBIA, ou seja: o direito de curar aquilo que a própria pessoa (o
próprio paciente) entende como doença em considerações subjetivas.
Ora, se o próprio sujeito que está no estado de Gay considera
seu estado uma doença e procura um atendimento profissional para voltar a ser
heterossexual, por qual razão proibi-lo de um tratamento?
Se não for um psicólogo (por ser impedido de fazer tal
tratamento) o sujeito vai procurar um curandeiro, um pajé, guru ou qualquer
outra terapia alternativa, pois está decidido a curar aquilo que ele mesmo
considera uma doença.
Talvez convencer o paciente que não é uma doença seja dar a
ideia de que está condenado a ser aquilo que ele mesmo não quer mais ser e será
exatamente isso que causará um transtorno psicológico ainda maior.
Do outro lado, estão os que consideram verdadeira homofobia
essa suposta existência de “cura de Gays”, afirmando que “uma vez Gay sempre
Gay”: não havendo possibilidade de reversão.
Valendo-se da mesma intransigência afirmam ser falsa a ideia
de que um Gay possa voltar a gostar do sexo oposto. Ser homossexual seria como uma forma de condenação perpétua.
“E se de fato
existirem os ‘Ex-Gays”? Não devem igualmente ser respeitados? Também a eles não
se aplica o princípio da dignidade da pessoa humana? Segundo consta, existem vários Ex-Gays afirmando que isso realmente existe e que eles mesmos consideram uma "cura" o fato de voltarem a serem homens.
Bem ou mal o tal Feliciano está virando ícone das grandes
polêmicas.
Se ainda existem
polêmicas, então o debate está longe de estar superado.
E segue o barco da vida no vasto rio da existência.
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