quinta-feira, 23 de maio de 2013

PRAZERES ESDRÚXULOS.



O mundo contemporâneo é pródigo em prazeres inusitados, esdrúxulos. O “gozo” é alcançado de formas inimagináveis. E aqui nem vou citar Lacan. Aliás, não entendo patavina alguma de Lacan!!

O prazer maior de alguns, por exemplo, é ser chato.

Outros se nutrem da crítica estéril e inútil dirigida a tudo e a todos, dando a ideia de que só eles prestam e são  “morais” e “ honestos”.

Outros ainda, só alcançam a felicidade quando aporrinham os “ amigos” ensinando cotidianamente “ fórmulas infalíveis” de felicidade: recitando poesias, mostrando vídeos, pensamentos óbvios, enfadonhos e ululantes que todos estão carecas de saber.

Tem aqueles que são uma espécie de “DOM QUIXOTE DAS DENÚNCIAS”. Vivem 24 h espiolhando problemas para denunciar como se eles ocupassem o posto de “parabólicas do mundo”.

E sua obsessão é tão intensa que chegam a denunciar até quem não deseja fazer uma denúncia, fazendo da vida um festival de denúncias infindas.

O meu maior prazer, dentro desse contexto de prazeres inusitados, é o de jogar no lixo CDs de músicas que considero verdadeiras misérias da razão. Aquelas que nem um capado é capaz de suportar por muito tempo.

Pois comprei um CD do tal Michel não sei das quantas. só  para ouvir um pouco e depois ter o prazer indescritível de jogar aquela asneira sonora no lixo.

Sei que alguns vão me chamar de idiota, pois ao comprar o CD estou engordando a já gorda conta bancária e os milhões que esse cantor ganha no Brasil inteiro. Tudo bem!

De qualquer forma, os neurocientistas ainda estão formulando teses sobre os processos químicos e neurais que envolvem e explicam as razões de determinadas coisas produzirem tanto prazer para determinadas pessoas.

Se for doença ou não, o fato é que até descobrirem a cura vou prosseguir jogando no lixo essas verdadeiras porcarias que denominam de músicas.

Afinal de contas: gosto e esse desejo eu não consigo reprimir.

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