
O mundo contemporâneo é pródigo em prazeres inusitados,
esdrúxulos. O “gozo” é alcançado de formas inimagináveis. E aqui nem vou citar Lacan. Aliás, não entendo patavina alguma de Lacan!!
O prazer maior de alguns, por exemplo, é ser chato.
Outros se nutrem da crítica estéril e inútil dirigida
a tudo e a todos, dando a ideia de que só eles prestam e são “morais” e “ honestos”.
Outros ainda, só alcançam a felicidade quando
aporrinham os “ amigos” ensinando cotidianamente “ fórmulas infalíveis” de felicidade:
recitando poesias, mostrando vídeos, pensamentos óbvios, enfadonhos e ululantes
que todos estão carecas de saber.
Tem aqueles que são uma espécie de “DOM QUIXOTE DAS
DENÚNCIAS”. Vivem 24 h espiolhando problemas para denunciar como se eles
ocupassem o posto de “parabólicas do mundo”.
E sua obsessão é tão intensa que chegam a denunciar
até quem não deseja fazer uma denúncia, fazendo da vida um festival de
denúncias infindas.
O meu maior prazer, dentro desse contexto de prazeres
inusitados, é o de jogar no lixo CDs de músicas que considero verdadeiras
misérias da razão. Aquelas que nem um capado é capaz de suportar por muito
tempo.
Pois comprei um CD do tal Michel não sei das quantas.
só para ouvir um pouco e depois ter o
prazer indescritível de jogar aquela asneira sonora no lixo.
Sei que alguns vão me chamar de idiota, pois ao
comprar o CD estou engordando a já gorda conta bancária e os milhões que esse
cantor ganha no Brasil inteiro. Tudo bem!
De qualquer forma, os neurocientistas ainda estão
formulando teses sobre os processos químicos e neurais que envolvem e explicam
as razões de determinadas coisas produzirem tanto prazer para determinadas
pessoas.
Se for doença ou não, o fato é que até descobrirem a
cura vou prosseguir jogando no lixo essas verdadeiras porcarias que denominam
de músicas.
Afinal de contas: gosto e esse desejo eu não consigo
reprimir.
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