quinta-feira, 29 de novembro de 2012

COMPAIXÃO..

Escasseia, na atual conjuntura terrestre, o sentimento da compaixão. Habituando-se aos próprios problemas e aflições, o homem passa a não perceber os sofrimentos do seu próximo.
Mergulhado nas suas necessidades, fica alheio às do s
eu irmão, às vezes, resguardando-se numa couraça de indiferença, a fim de poupar-se a maior soma de dores.
Deixando de interessar-se pelos outros, estes esquecem-se dele, e a vida social não vai
além das superficialidades imediatistas, insignificantes. Empedernindo o sentimento da compaixão, a criatura avança para a impiedade e até para o crime.
Olvida-se da gratidão aos pais e aos benfeitores, tornando-se de feitio soberbo, no qual a
presunção domina com arbitrariedade.
Movimentando-se, na multidão, o
indivíduo que foge da compaixão, distancia-se de todos, pensando e vivendo exclusivamente para o seu ego e para os seus. No entanto, sem um relacionamento salutar, que favorece a alegria e a amizade, os sentimentos se deterioram, e os objetivos da vida perdem a sua alta significação tornando-se mais estreitos e egotistas.
A com
paixão é uma ponte de mão dupla, propiciando o sentimento que avança em socorro e o que retorna em aflição. É o primeiro passo para a vigência ativa das virtudes morais, abrindo espaços para a paz e o bem-estar pessoal.
O individualismo é-lhe a grande barreira, face a sua programação doentia, estabelecida nas bases do
egocentrismo, que impede o desenvolvimento das colossais potencialidades da vida, jacentes em todos os indivíduos.
A com
paixão auxilia o equilíbrio psicológico, por fazer que se reflexione em torno das ocorrências que atingem a todos os transeuntes da experiência humana.
É possível que esse sentimento não resolva grandes problemas, nem execute excelentes programas. Não obstante, o simples
desejo de auxiliar os outros proporciona saudáveis disposições físicas e mentais, que se transformarão em recursos de socorro nas próximas oportunidades.
E aqui, ajudar aos outros não no sentido de querer algo em troca ( para fins de candidatar-se a algo ou merecer honrarias) ( grifo)Mediante o hábito da compaixão, o homem aprende a sacrificar os sentimentos inferiores e a abrir o coração.
Pouco importa se o outro, o beneficiado pela com
paixão, não o valoriza, nem a reconheça ou sequer venha a identificá-la. O essencial é o sentimento de edificação, o júbilo da realização por menor que seja, naquele que a experimenta.
Expandir esse sentimento é dar significação à vida.
A com
paixão está cima da emotividade desequilibrada e vazia. Ela age, enquanto a outra lamenta; realiza o socorro, na razão em que a última apenas se apiada.
Quando se é capaz de participar dos sofrimentos alheios, os próprios não parecem tão importantes e significativos. Repartindo a
atenção com os demais, desaparece o tempo vazio para as lamentações pessoais.
Graças à com
paixão, o poder de destruição humana cede lugar aos anseios da harmonia e de beleza na Terra. Desenvolve esse sentimento de compaixão para com o teu próximo, o mundo, e, compadecendo-te das suas limitações e deficiências, cresce em ação no rumo do Grande Poder.

Pelo espírito de Joanna de Ângelis

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