Que mulher desgraçada é aquela que é objeto do
teu mais ardente desejo e que se deixa consumir por inteira já pensando em
negociar com o domínio gigantesco que passou a ter sobre ti.
Que mulher infame!?
Que dormiu contigo e chafurdou-se
na mais completa luxúria e te fez de instrumento para a realização das mais
ardentes safadezas.
Mulher que te fez transcender a
si mesmo e a voar em uma mágica e singular aventura.
Mulher que escreveu cartas de
amor, que tirou fotos nuas, todas “marotas” para dar cordas nos já
transbordantes sentimentos de amor.
Daquelas que assumiu as “rédeas”
do ser apaixonado e o manteve viciado em seus carinhos embriagadores onde o
hedonismo era a religião da relação.
Bela?. Tão bela que faria Ulisses
novamente refazer suas peripécias com convicção de retorno mesmo diante do mar
mais revolto e que certamente patrocinaria uma nova guerra de Tróia.
Todavia, bela com um toque
sinistro e diabólico de perversidade em uma grandeza diretamente proporcional
aos seus caprichos e predileções.
Falsa? Não. Simplesmente uma
mulher destinada a ser exatamente como é. Feliz no exercício da sua arte de ser
tornar inesquecível e ao mesmo tempo odiada.
Em um mundo de aparências ela
cumpre o seu papel sem se preocupar com análises intelectuais, psicológicas ou
sociológicas do que seja certo ou errado.
Aliás, ela é uma mulher virtuosa
aos novos tempos.
Desgraçada somente para os que por
algum motivo as perderam nos labirintos da vida e dos tantos desencontros de
que falava Vinicius de Moraes.
Essas mulheres nasceram para ser
amadas na plenitude. Não para serem disputadas por toscos ciumentos que não
conseguem admitir que elas um dia foram de outro homem.
Nasceram para serem aproveitadas
com o máximo de vigor possível.
Para que depois, ao menos possam ser lembradas com o carinho e a ternura de quem soube aproveitar o privilégio de ter estado ao seu lado.
Para que depois, ao menos possam ser lembradas com o carinho e a ternura de quem soube aproveitar o privilégio de ter estado ao seu lado.
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