sexta-feira, 26 de abril de 2013

SÍNDROME DE ENSINAR A SER FELIZ



Uma novíssima Síndrome, diagnosticada faz pouco tempo por pesquisadores da Universidade de Zurique é a tal SEF (síndrome de ensinar a ser feliz). E ela vem se alastrando avassaladoramente nos meios de comunicação, redes sociais e na sociedade em geral.
O amigo Miguel P. Sturvinski catalogou 2000 métodos “infalíveis’ de como ser feliz. Todos vertidos em livros, palestras, mantras, tandras, panfletos, mensagens, filmes e outras salamandras do gênero.
Inserido nesse contexto estão os naturalistas e novos curandeiros que afirmam existirem chás que curam absolutamente tudo (qualquer doença, desde gota até Alzheimer). E com promessa de o chá resolver problemas físicos, astrais e espirituais.
Não bastasse a tais “ciências ocultas” agora tem uns pregando o “ocultismo do ocultismo” com explicações mirabolantes de viagens astrais e encontros diretos com o mestre Jesus e visitas a paraísos que em tese reconfortariam o ser humano de forma absoluta.
No Facebook  diariamente há no mínimo umas 30 dicas de como ser “ realmente feliz”. A preocupação agora é com a “ verdadeira felicidade”, combatendo-se aquelas que sejam “ falsas”.
E tem até disputas de qual método mantém o homem por mais tempo feliz. Se o Budismo, Xintoísmo, Sufismo, Kardecismo, Cristianismo ou tantos outros “ ismos” que surgem de uma hora pra outra, resgatando supostos gurus e mestres do passado ( geralmente que moraram no Himalaia, Butão ou Tibet).
O Pedro brigou com o João por afirmar que a sua Logosofia era muito mais completa que uma tal gnose. Terminaram uma amizade de longos anos por um fanatismo completamente incompreensível: a defesa severa daquilo que proporcionaria a mais “duradora e longa felicidade”.
Literalmente virou uma Torre de Babel onde todos questionam todos, inclusive a subjetiva felicidade que alguém tem a audácia de anunciar.
Esses dias, um amigo disse com graúda irritação que eu não era feliz.
Adotei a tática do silêncio, pois é perigoso lidar com a "GESTAPO da felicidade alheia".
Eita mundo bagual de se viver. Hehehe



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