terça-feira, 6 de agosto de 2013

EMPÓRIO DA LOUCURA..


                                            

O mundo pós-pós-pós-moderno é mesmo pródigo em situações e lugares bisonhos e inusitados. Há novidades fantasmagóricas.

A tendência agora é a criação de lugares com nomes antigos de modo a conquistar pelo impacto que o “ estranho” geralmente causa.

Surgem os “ Empórios” e “ Armazéns” de tudo quanto é coisa e tipo.

Tem Armazéns da roupa, da comida chinesa, vegetariana, da cachaça, do tabaco, da cultura, da música, da tecnologia, do sexo, etc. etc.

Tem os “ Empórios” da pizza, dos vinhos, queijos e até de artigos para pescaria.

Pois um Francês de nome Fredèric G. Lassalle inventou o inusitado “Empório da loucura”. A ideia é ter um lugar distante de psicólogos, psiquiatras e psicanalistas  onde a “ loucura” pode ser manifestada em sua plenitude e sem blá, blá, blás.

Lá todos podem bancar o Salvador Dalí. Vale rolar, xingar políticos, esmurrar bonecos, pintar verdadeiras porcarias defendendo ser uma obra-prima, embriagar-se, escutar música em volume ensurdecedor. etc. Vale até achar que o Joaquim Barbosa é a salvação para o Brasil..

Também é permitida a poligamia. Mas, esse já é outro assunto que é melhor nem comentar.

Ele afirma que isso tem eficácia maior que a maioria dos tratamentos químicos e terapias psicológicas. E, com a vantagem de ser muito mais barato e não enriquecer a já bilionária indústria farmacêutica.

Os “empórios da loucura” seriam lugares para dar “rédeas soltas” ou cancha larga para aquilo que a civilização, a moral e os bons costumes não permitem e que fica reprimido nos homens tidos por “ normais”.

Essa seria uma forma de aliviar a carga de estresse e dos fatores estressores diários, afastando ou minorando os surtos psicóticos que sem qualquer justificativa são noticiados diariamente no mundo: ex-maridos matando ex-mulheres, estudantes matando colegas de aula, mulher matando a amante do marido, mortes inexplicáveis em brigas de trânsito e demais manifestações de extrema violência em pessoas que tinham um histórico de conduta morigerada, ou seja: pessoas calmas e de relações até então harmoniosas.

No frontispício de tal lugar figura uma imagem do ELOGIO DA LOUCURA, famosa obra de Erasmo de Roterdã.

E grafado no mármore está a intrigante inscrição: TÃO IMPRUDENTE É POSSUIR UMA PRUDÊNCIA PERNICIOSA, QUÃO LOUCO TER UMA SABEDORIA DESLOCADA.

Quorsum haec tan putida tendunt?

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