
O mundo pós-pós-pós-moderno é
mesmo pródigo em situações e lugares bisonhos e inusitados. Há novidades
fantasmagóricas.
A tendência agora é a criação de
lugares com nomes antigos de modo a conquistar pelo impacto que o “ estranho”
geralmente causa.
Surgem os “ Empórios” e “ Armazéns”
de tudo quanto é coisa e tipo.
Tem Armazéns da roupa, da comida
chinesa, vegetariana, da cachaça, do tabaco, da cultura, da música, da tecnologia, do sexo,
etc. etc.
Tem os “ Empórios” da pizza, dos
vinhos, queijos e até de artigos para pescaria.
Pois um Francês de nome Fredèric
G. Lassalle inventou o inusitado “Empório da loucura”. A ideia é ter um lugar
distante de psicólogos, psiquiatras e psicanalistas onde a “ loucura” pode ser manifestada em sua
plenitude e sem blá, blá, blás.
Lá todos podem bancar o Salvador
Dalí. Vale rolar, xingar políticos, esmurrar bonecos, pintar verdadeiras
porcarias defendendo ser uma obra-prima, embriagar-se, escutar música em volume
ensurdecedor. etc. Vale até achar que o Joaquim Barbosa é a salvação para o Brasil..
Também é permitida a poligamia.
Mas, esse já é outro assunto que é melhor nem comentar.
Ele afirma que isso tem eficácia
maior que a maioria dos tratamentos químicos e terapias psicológicas. E, com a
vantagem de ser muito mais barato e não enriquecer a já bilionária indústria farmacêutica.
Os “empórios da loucura” seriam
lugares para dar “rédeas soltas” ou cancha larga para aquilo que a civilização,
a moral e os bons costumes não permitem e que fica reprimido nos homens tidos
por “ normais”.
Essa seria uma forma de aliviar a
carga de estresse e dos fatores estressores diários, afastando ou minorando os surtos
psicóticos que sem qualquer justificativa são noticiados diariamente no mundo:
ex-maridos matando ex-mulheres, estudantes matando colegas de aula, mulher
matando a amante do marido, mortes inexplicáveis em brigas de trânsito e demais
manifestações de extrema violência em pessoas que tinham um histórico de
conduta morigerada, ou seja: pessoas calmas e de relações até então
harmoniosas.
No frontispício de tal lugar
figura uma imagem do ELOGIO DA LOUCURA, famosa obra de Erasmo de Roterdã.
E grafado no mármore está a
intrigante inscrição: TÃO IMPRUDENTE É POSSUIR UMA PRUDÊNCIA PERNICIOSA, QUÃO
LOUCO TER UMA SABEDORIA DESLOCADA.
Quorsum haec tan putida tendunt?
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