
Hoje não podemos senão fazer
troça. A zombaria é a literatura das sociedades que expiram, dizia um grande
pensador que no momento não recordo o nome.
Os relacionamentos hoje em dia
estão ( claro que existem exceções) em sua esmagadora maioria mais que líquidos.
A teoria de Zygmunt Bauman está ultrapassada e nem deu tempo de entende-la em sua plenitude e profundidade.
O mundo virtual permitiu uma
distância e audácia com segurança que cria verdadeiros avatares que são justamente os “ Eus” que em
tempos anteriores não tinham a coragem de
se manifestar e encontravam-se reprimidos.
Os casados tem suas “ peguetis”
para levar, mesmo em horário de trabalho, aos vários Motéis que existem pela
região. Suas mulheres, fingindo não desconfiar dão um jeito de sair com uns “rapazes” para equilibrar a situação.
É como se existissem dois mundos.
O real onde tudo é maravilhoso e quase igual a um conto de fadas. E, o virtual que também acaba sendo real e ( se descoberto) acaba sendo a mais pura negação da fantasia gestada e simulada no mundo real.
O João é romântico e jura amor
eterno para a amada Patrícia. Manda lindas flores em qualquer ocasião ou data minimamente mais " importante".
Todavia, no mundo virtual ele
marca encontros secretos e extremamente
discretos com a Daniela, Luciana e Fabiane. Nesses casos, dispensa as flores.
A sua amada Patrícia, que não tem
nada de santa, também já estabeleceu relações com o Paulo, o Luis e o Juvenal.
As relações viraram uma espécie
de “JOGO DE ENGANAÇÃO”.
Quem julga ser o enganador e
esperto é certamente o mais enganado.
E assim vão levando esse faz de
conta até que um motivo banal “ esgote” o relacionamento que não passava de um
grande teatro de representações.
Nem Freud explica.
Nesse contexto, soa patético ver
alguém gabando o seu amor como sendo “o melhor de todos”, o “ mais sincero e
puro” e que se considera o “ mais feliz do mundo” quando na verdade esconde
vários segredos e uma fatal infidelidade em curto ou médio espaço de tempo.
De qualquer forma, não é algo
para desanimar.
O jeito é continuar fingindo
sinceridade e aproveitar a relação enquanto ela durar. Afinal de contas: dizia
o poeta que ela deve ser infinita enquanto dura.
Também é preciso respeitar aos
que vivem na ilusão do romantismo outrora dito por existente e que, segundo alguns, ainda está em pleno vigor.
São eles que carregam a
esperança.
Esperança de que as coisas não
piorem ainda mais.
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